segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Folclo-rindo

Vitor, lá do sitio Aguilhadas, era um cego desses que não conhecem dinheiro, nem pelo valor de mais, nem pelo de menos. Ele, como todos os moradores do lugar, plantava cebola na vazante do rio. Com a ajuda dos sobrinhos plantou uma dezena de canteiros, colheu, limpou e amarrou mais de cem molhos. Na época de vender o produto, chegou um comprador na casa de Vitor, Seu Manoel Bacatela, homem de confiança, pela honestidade e, principalmente, pela proximidade que tinha com a família de Vitor.


__Bom dia Vitor!

__Ôpa! Bom dia!

__A cebola é pra vender?

__ É, Sim senhor!

__ Quanto é? Perguntou Manoel?

__ É setenta!

Manoel viu que o preço pedido por Vitor estava abaixo do que vinha sendo praticado e disse:

__ Vamos fazer o seguinte Vitor, eu vou lhe dar cem contos pela cebola! Tá bom assim?

E o cego respondeu:

__Não senhor! Por meno de setenta daqui ela num sai pra canto nenhum!

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