Mundo Interior
Por Alfredo Cumplido de Sant'anna
Eu tenho uma alma nômade e sombria,
Que não espera prêmio ou recompensa,
Trago nos lábios um riso de ironia,
E nos meus olhos a cor da indiferença.
Para viver as horas do meu dia,
Sem que me doa a humana malquerença,
Protejo-me no véu da fantasia,
E na luz auroral de minha crença.
Quanto haja em derredor homens e feras,
Transformo-os, qual um mágico, em severas,
E nobres expressões da natureza,
E passo como um Deus sereno e altivo,
Nesse mundo alegórico em que vivo,
Construindo meu sonho de beleza.
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