SEM JUÍZO, MAS COM VOCÊ.
Elayne Araújo
Quando te vejo guardo o juízo no bolso, não não é questão de desejo, mas é que esse negócio de pensar demais não é pra mim.
Eu até me "interto", como dizem esses Franciscos do Nordeste, mas preciso do meu dengo, sou resultado do carinho que me deste. E Nada cancela o meu querer, sem o nosso entre nós como vou viver?
Me diga como pode ser sertão sem sol?
Pois saiba que é assim que me sinto na sua ausência, um peixe machucado por anzol.
Se eu não cuido, morro do coração, doença que se cria enquanto o juízo dormia, EITA arritmia,
Nunca pensei que de vida se morria.
Então que seja, trago a verdade na mesa.
sem amor você quer que eu esmureça e perda o tino pra alegria.
Não te julgo por pensar desse modo, mas tente entender eu imploro, esse alguém é como carta enviada pela nobreza, tem valor inestimável o que vem da realeza.
Não me peça pra pensar que não pode, que de não pode a fé morre. E para de dizer não, não e nãos azedam o meu coração.
Ô coisinha choca é ficar sem tu.
Me aflinge o peito, sem você me sinto nú.
É poeira que o vento leva nesse intento do querer
Volta meu chamego, porque é melhor fazer do juízo um prisioneiro do que ficar sem você.
sábado, 28 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
POESIA DE PROVÍNCIA
TRAJETÓRIA
Zenóbio
Oliveira
Me
fiz estrada quando bem menino,
E
fiz estradas com os meus pés descalços,
Neste
chão bruto todos os encalços,
Das
penitências deste peregrino.
Nova
esperança em cada desatino,
Marcha
de fé pelos caminhos salsos,
Alma
afligida por amores falsos,
Feridos
pés nas farpas do destino.
Perseverei
pelas vicissitudes,
Enquanto
afoitas minhas atitudes,
Quando
os desejos possuíam asa,
E
agora no desfecho da viagem ,
Mais
dissabor que gáudio na bagagem,
E
essa vontade de voltar pra casa.
SONETO
VOLTANDO
Zenóbio
Oliveira
Estou
voltando, a alma sossegada,
Bem
mais que quando me lancei na vida,
O
afã no peito na hora da partida,
Torna-se
a tempo remanso na chegada.
Foi
espinhoso o curso da jornada?
Que
prêmio há na escassez da lida?
Não
é a sorte a prenda merecida,
Mas
o intuito da coisa pelejada.
Pela
estrada onde segui errante,
Vivi
intensamente cada instante,
Qual
fosse de alegria, ou dissabores,
E
se a vida me deixou pelos caminhos,
Um
imenso rosário de espinhos,
Também
me emprestou algumas flores.
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