A ESSE TREM DA VIDA
Genildo Costa
À
minha Irene,
Eterna musa..!
Dada as circunstâncias desses dias de incertezas
e mar revolto prossigo na lida. As minhas pretensões,mesmo assim, são mínimas.Hoje,penso que sou mais de aguardar a
disponibilidade de todas as marés, sem muita pressa.De algumas poucas
experiências que tive creio que me é suficiente os parcos recursos de que
disponho para tocar o trem da vida.
Reconheço
que a pressa me persegue e tem sido ingrata.Bem poderia usar do expediente da
cordialidade.Tenho esperado que me conceda o tempo necessário pra que eu possa contemplar as
últimas violetas que ainda restam pelo jardim de meus dias.Algumas dessas
violetas azuis já não mais existem.Perderam a cor.Saíram de cena,mesmo
assim,tenho que suportar o falso brilhante de meus girassóis de estrada.
Tenho medo,sim,
de perder de vista a adolescência de minha alma.pois o que ainda me resta é só esse lirismo que
traduz,veementemente,todas as minhas fugas
empreendidas por esses labirintos de dúvidas e
encantamentos..Se não deu tempo para alçar vôo mais alto foi porque as
advertências não foram tão convincentes para uma outra tomada de rumo.Fui
insensato,talvez.
Acredito
ter sido,até então,prudente e comedido.Breve para com as minhas
devoções.Ingrato,às vezes,quando tivemos que acenar às pressas para quem tanto sonhou
com a nossa sincera e eterna aliança.Bem sei que não é tão difícil refazer todos os planos que foram projetados
mesmo com o advento desses tão fatídicos dias.Não poderia ser,então,diferente.
Tão
cedo alguém teve que nos deixar saudades para que pudéssemos entender um pouco
da transitoriedade desse trem da vida.De tudo que passa.Inexoravelmente.
Dessas
andanças de nômade em busca de um lenitivo,prossigo na carruagem desses dias de
pressa para reencontrar a mais bela de todas as violetas azuis.Embora tenha que
me denunciar para continuar sendo a mesma criatura.O mesmo projeto de tenebrosa
lira que resiste a poeira corrosiva de todas as estações.
Esqueci
de tentar esquecer,realmente,
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