Zenóbio Oliveira
Não há bondade no homem, com certeza,
Mas, um trato recíproco de decência,
Como regra geral de conivência,
Que camufla seus dotes de vileza.
E quando ele sobrepuja a aparência,
Transgredindo a convenção, essa proeza,
Nada mais é que a clara conseqüência,
Do exercício da própria natureza.
E sob instintos vis moral e ética,
Sucumbem fatalmente à genética,
Do que somos feitos nós, filhos do caos,
Porque em busca do próprio paraíso,
Nosso egoísmo é um espelho de narciso
A refletir o dom de sermos maus.
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