Marcos Ferreira
Hoje eu te vejo assim, tão soberba e vaidosa
Sem ter um menor gesto, um cumprimento mudo
A
quem sonhou contigo um sonho cor de rosa
Tão
belo e tão fugaz como foi quase tudo
Prossegues
mais altiva e não menos formosa
Fingindo-se
a vontade com teu ar sisudo
Sem
dar por meu poema e nem por minha prosa
Que
sempre me colocam muito mais desnudo
Pois
hoje há só pedaços de vários tamanhos
Daquele
amor tão frágil que nos faz agora
Cruzar
pelos caminhos como dois estranhos
E
assim quem nos encontra nunca irá supor
Que
foste meu fugaz, meu grande amor de outrora
E
que também outrora eu fui teu grande amor.
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