NA SEARA DO CAPITÃO CAVERNA
Genildo Costa, Cantor e compositor
Um
preito de gratidão....!
Não fui muito feliz quando inventei de
inventar de ser devoto daqueles que conseguem tocar a vida escrevendo em versos
a lida diária. Devo dizer que foi muito prazeroso para mim a oportunidade de
estar tão próximo de quem acredita que a vida só é possível quando reinventada.
Assim nos ensinou Cecília Meirelles. Poetisa e,acima de tudo, operária da
palavra e da arte de escrever. Permaneço atento. Sempre atento e dando conta de
minhas limitações. Aqui, acolá apresento sinais de maturidade por esses
momentos vividos. Costumo, às vezes, até dá explicações para não ser tão
inconsequente e besta.
Até que gostaria de me ver melhor quanto ao
trato com a palavra, que agora mesmo se fez sentimento. Que bom seria. O que
não consigo é justamente sacrificar os versos que a mim são remetidos, vez em
quando. Que seja assim, até enquanto durar a nossa eterna convicção de sempre
acreditar na beleza do canto que virá porque o instante existe. Não sei se
alegre ou triste, só sei dizer desses raros momentos que nos faz cada vez mais
rejuvenescidos. Feliz e cumpridor do dever de deixar, quando possível, muito
pouco para uma geração que só estar ensaiando os primeiros passos. Muito embora
tenha que sacrificar o sossego da mais singular e sincera amizade.
É como se tudo fosse passagem. E que nessa
passagem, é bem provável que não haja tempo
para se completar o mais recente estágio de pulsação de nossas vidas. Apreensivo
e calado começo a entender que o ofício de lapidar a pedra bruta haverá de ser
sempre compromisso de alguns poucos chamados para encantar-se coletivamente. Olhar-se
como o outro que é sempre, minuto a minuto, tocado pelo sentimento de saber
onde quer chegar, pois a estrada é longa e o tempo parceiro de todos nós.
Não diria de léguas tiranas. Faria outra vez,
e percorreria sem medo o breu de nossos caminhos. Só lamentaria, se tivesse que
protocolar tudo que foi dito em meio ao silêncio que possibilitou definir o
poeta como aquele que pede tão pouco para evitar sofrer excessivamente.
Claro, que sofremos e fizemos por merecer. Já
fez alguns janeiros que o livro da sabedoria popular nos deixou o legado de que
primeiro se deve viver que é pra depois poetar. Mais que isso é conseguir domar a inquietação de quem
pouco tem folheado as páginas de nossa literatura brasileira. Se fazer
Literato não deve ser apenas
a reprodução na sua completude. Compreendo sim, mas o poder da retórica quero
sempre que esteja por perto como ferramenta
de fundamental importância para quem na sua peregrinação deixa saudades e
lembranças.
O que fica para os arquivos de nossa memória
é, sem dúvida, alguns fragmentos desse aprendizado que ora se converte em
páginas de meu diário. E que nunca possa anunciar palavras de despedidas quando
há tempo esqueci de morrer porque todos os dias eu morro de saudades......!!!!
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