Noel
num vem
Zenóbio Oliveira
Im
todo ano é igual
Se
aprochegando o Natal
Já
começa o farnizim
De
avistar Papai Noel
Espirrar
no meio do céu
E
arrisca é dele num vim
Liás,
aqui nunca vei
Esse
homi de vermei
Cum
saco chei de brinquedo
Só
se vê mermo im retrato
E os
minino do mato
Só fica
chupando os dedo
Me
diga, o caba que veve
Nas
frialdade das neve
No
mei daquelas lonjura
Que
diabo vem vê pra cá?
Só
se for pa esturricar
No
oco dessa quintura
Ele
num vem nem a pau
Um
caba internacional
Um
lorde da Escandinava
Custumado
cum sarmão
Vai
vim bater no sertão
Pra
cumer preá cum fava?
Só
se ele for bocó
Pra
vim naquele trenó
Que
nem pneu num pissui
Se
nas estrada da roça
As
vez inté as carroça
Se
ingancha nos pidrigúi!?
Inda
duvido tombem
Que
os animá que ele tem
Nesses
camim lhe carregue
No
mei desses carrapicho
Só
sendo que aqueles bicho
Vai
ter os casco dum jegue
O
natal de nossas banda
Num
tem os carrim que anda
Nem
robô que conta estora
Num
tem trenzim que apita
Nem
as buneca bonita
Que
dorme, que fala e chora
Nós
tem buneca de trapo
Feita
de tira e fiapo
Dos
retaizim de rayon
Tem
pião de aruera
E a
mió roladera
De
lata de mucilon
Nós tem
buneco de barro
Tem
as nota de cigarro
E os
cachorro de areia
Tudo
coisa de arremedo
Foi num
foi se esfola um dedo
Chutando
bola de meia
Vamo
dexar de ilusão
Que
o véi da televisão
Cum
baiba branca na cara
Vistido
de incarnado
É um
atô custumado
A
inganar babaquara
Não vá
pensar que é quexume
Inveja,
raiva, ciúme
Ou coisa
de quem fuxica
Mais
eu lhe digo: se aquete
Que esse
veim da charrete
Só é
pai de gente rica
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