segunda-feira, 11 de julho de 2016

Poesia

DECORO
Zenóbio Oliveira

Eu não pertenço ao reino da vontade,
Nem tenho a ilusão de frequentá-lo,
Mas, mesmo sujeito à necessidade,
Não me conforta a estirpe de vassalo.

Não detenho a pejada liberdade,
Para rogar ao rei o nobre halo,
E como seguidor da hombridade,
Não ponho a honra a troco de regalo.

Que a conquista daquilo que anseio,
Não seja à custa do suor alheio,
Tampouco resultado de injustiça.

Que a virtude me seja um benefício,
Pois que não há ao homem maior vício,
Que a traição em nome da cobiça.