sábado, 14 de abril de 2018

Poesia Pura

Rebeca Jordana
Apodi - RN

Nessa história de amar eu sou desistente,
Espírito morto num corpo de gente,
Maldito seja o homem
Que deixa o outro dormente,
Esconde,
Xinga,
Mente,
Sem vontade de amar,
Perdi a curiosidade
De novas coisas provar,
De novas sensações,
De um novo olhar,
De um novo mundo,
Eu desacreditei,
De tanto que caminhei,
Sem caminho nenhum trilhar,
Apenas de corpo presente,
Mas é o espírito que sente,
Cadê o espírito do corpo dormente?


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

VERBO AD VERBUM


BARCO AFOGADO.
Elayne Araújo

Não há muito sentido em barcos no raso.
Quando penso em barco, penso em oceano.
Mas trago aqui a perspectiva da necessidade da terra firme.
Os reparos que garantem a segurança da navegação são realizados fora do mar. É o lugar propício para que as necessidades estruturais possam ser supridas.
Nem sempre as coisas saem como planejamos. Nem sempre estaremos onde queríamos.
A terra firme pode não ser o propósito das embarcações, mas é nela que acontece a possibilidade de ir mais longe.
Sejamos gratos. É melhor estar no porto, do que sem estrutura em águas profundas, onde as opções serão: inércia ou submersão.
Para resistir às tempestades do alto-mar, é necessário antes, submeter-se a terra firme.