domingo, 1 de setembro de 2013

Num mangava não.

Quiria vê tu mangar,
Dos dotô que vei de Cuba,
Se pegasse uma curuba,
E danasse a se coçar,
Se tivesse no hospitá,
Cum disinteria aguda,
Sem num tê quem lhe acuda,
Espichada numa maca,
Cum a voz veia tão fraca,
Sem pudê pidir ajuda.

O sinhô ou a sinhora,
Que ta no luxo da rua,
Venha passar uma lua,
Nos cafundó que nós mora,
Ficá oiando de fora,
É facim ser palpitero,
Se sintisse o desespero,
Duvido que achasse rim,
O gunverno mandá vim,

Esses dotô do estrangero.

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