sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pela própria natureza



Zenóbio Oliveira

Não há bondade no homem, com certeza,
Mas, um trato recíproco de decência,
Como regra geral de conivência,
Que camufla seus dotes de vileza.

E quando ele sobrepuja a aparência,
Transgredindo a convenção, essa proeza,
Nada mais é que a clara conseqüência,
Do exercício da própria natureza.

E sob instintos vis moral e ética,
Sucumbem fatalmente à genética,
Do que somos feitos nós, filhos do caos,

Porque em busca do próprio paraíso,
Nosso egoísmo é um espelho de narciso
A refletir o dom de sermos maus.

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