quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A máquina de escrever









Quando a vi esquecida naquela prateleira,
Sentindo um misto de saudade e pena,
Imaginei _Meu Deus_ que triste cena!
Vê nesse estado a minha companheira.

Deixa que eu te bata ao menos a poeira,
Pra aliviar essa aflição que me condena,
Posto que a culpa que me envenena,
Desta serei cativo à vida inteira.

Lembrei-me, então, do meu primeiro passo,
A, S, D e F, G e ESPAÇO,
Nas teclas bambas daquela Olivetti,

E disse baixinho à máquina de escrever,
__Para os meus textos vou usar você!
Computador somente pra internet.

                                   Zenóbio Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário