terça-feira, 9 de agosto de 2011

Soneto

Mundo Interior
Por Alfredo Cumplido de Sant'anna

Eu tenho uma alma nômade e sombria,
Que não espera prêmio ou recompensa,
Trago nos lábios um riso de ironia,
E nos meus olhos a cor da indiferença.

Para viver as horas do meu dia,
Sem que me doa a humana malquerença,
Protejo-me no véu da fantasia,
E na luz auroral de minha crença.

Quanto haja em derredor homens e feras,
Transformo-os, qual um mágico, em severas,
E nobres expressões da natureza,

E passo como um Deus sereno e altivo,
Nesse mundo alegórico em que vivo,
Construindo meu sonho de beleza.

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