domingo, 21 de agosto de 2011

Soneto

DESENGANOS
Por Zenóbio Oliveira

Estou fadado a viver de maus auspícios
Exposto ao poder da alheia cobiça
Ao sopro nocivo do mal que atiça
A fogueira voraz de todos os suplícios

E na sombra eterna destes malefícios
A alma sucumbe em angústia maciça
A minha vida, então, se desperdiça.
Em favor de profusos sacrifícios

E da longa jornada, a desesperança.
É tudo quanto trago de herança
Dos meus pobres e fanados anos

Sem amor, sem ventura, sem destino.
Tornei-me um errante peregrino
Na estrada ruim dos desenganos

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